sexta-feira, 22 de junho de 2007

35 quilos só de balas...

Policiais do Batalhão Florestal apreendem no Morro Chapéu Mangueira 1.027 projéteis de fuzis e carregadores que traficantes abandonaram na mata

Rio - Mais de mil balas e quatro carregadores para fuzis e pistolas foram apreendidos no fim da manhã de ontem no Morro Chapéu Mangueira, no Leme, na Zona Sul do Rio, por policiais do Batalhão Florestal. O material estava dentro de uma mochila escondida na mata no alto da favela, atrás do Forte do Leme. Os bandidos fugiram deixando os 1.027 projéteis, pesando 35 quilos, para trás. Não houve confronto e ninguém foi preso.

Do total de munição apreendida, 427 balas são de fuzil 7.62, 397 de pistola 9 mm e 203 de fuzil AK-47. Os quatro carregadores são de calibre 7.62. Segundo os PMs, traficantes estariam usando a mata como esconderijo. No local, os policiais encontraram guimbas de cigarro e restos de comida.

“Estávamos fazendo buscas na mata quando vimos folhas se movendo. Assim que nos aproximamos, os bandidos fugiram sem que pudéssemos vê-los. O grupo abandonou a munição para evitar o flagrante e porque a mochila pesava 35 quilos, o que atrapalharia a fuga”, contou um policial que participou da operação. A apreensão foi registrada na 12ª DP (Copacabana).

Na quarta-feira, homens do Batalhão Florestal trocaram tiros com cinco traficantes no mesmo local onde as balas e os carregadores foram apreendidos ontem. Os criminosos conseguiram escapar e não houve feridos. Há pouco mais de duas semanas, agentes da unidade, especializados em incursões na mata, fazem buscas para reprimir o tráfico de drogas na região e evitar novas guerras entre facções rivais.

Em 30 de maio, moradores do Chapéu Mangueira e do Morro da Babilônia viveram momentos de terror. Traficantes da Rocinha e do Vidigal, controlados pela facção Amigos dos Amigos do Lulu (ADALL), invadiram as duas favelas e expulsaram integrantes do Comando Vermelho (CV).
Até rotas de aviões comerciais, que passam próximo aos morros, foram modificadas por causa dos tiroteios. Nos dias seguintes à guerra entre os grupos rivais, PMs do 19º BPM (Copacabana) ocuparam os morros e trocaram tiros com traficantes.