domingo, 4 de abril de 2010

Quatro homens detidos com armas e munições em reserva ambiental

Caçadores estavam em Área de Proteção Ambiental em Cachoeiras de Macacu

Rio - Policiais do Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente de São Gonçalo, prenderam quatro caçadores na manhã de sábado, na localidade de Japuíba, na Serra da Bengala, em Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas. Com eles foram apreendidas três espingardas, três trabucos (armas artesanais que disparam por meio de armadilhas), quatro fardas camufladas do Exército, munições de diversos calibres e quatro lanternas.

De acordo com o sangento do BPFMA, Marcos Roberto da Silva Souza, o grupo foi localizado através de denúncia anônima num acampamento improvisado no meio da mata, que é considerada Àrea de Proteção Ambiental (APA) do Parque Estadual dos Três Picos.

“Eles não ofereceram resistência e se entregaram assim que receberam voz de prisão. Pelas informações que colhemos na região, a quadrilha já vinha agindo há algum tempo dentro do parque”, afirmou Souza.

Segundo a polícia, os caçadores abatiam pacas, tatus, cotias, veados e aves para consumo próprio e também para o comécio ilegal. No dia 10 de fevereiro, na Serra do Bertoldo, no mesmo município, o BPFMA já havia desmontado três acampamentos abandonados com sete espingarda, três revólveres, uma garruncha e 29 trabucos, além de farta munição.

Apesar das prisões terem ocorridas na manhã de sábado, os policiais só conseguiram registrar o caso na madrugada de ontem, na 5ª DP (Mem de Sá), que funcionou como central de flagrantes. O delegado adjunto, Antônio Bonfim, enquadrou Carlos Alberto Gomes Carvalho, 39; Adeir de Araújo, 51; Célio Vicente de Melo, 71, e o filho dele, Celso Henrique Pinto de Melo, 47, em três tipos de crimes: porte ilegal de armas, caça ilegal e formação de quadrilha. Juntas, as penas podem chegar a até nove anos de detenção para cada um. Os quatro foram encaminhados para a Polinter, pois não há fiança para caça ilegal.

Na delegacia, os acusados alegaram que não tinham a intenção de cometer crime. “A gente caçava apenas por diversão. Não sabíamos que estávamos praticando algum tipo de crime”, argumentou Celso Henrique.

De acordo com o BPFMA, as operações no Parque Estadual dos Três Picos têm sido constantes, mas muitos caçadores conseguem fugir dos cercos da polícia por conhecerem bem a mata. O BPFMA recebe denúncias de crimes contra o meio ambiente pelo telefone 2701-8262.


Fonte: "Jornal O Dia on line"

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