sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Secretaria do Ambiente fecha fábrica clandestina de combustível adulterado em caxias

RIO - Uma fábrica de combustível adulterado - com cerca de 10 mil litros de gasolina "batizada" estocados em galões, para comercialização imediata - foi fechada hoje pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), com apoio de fiscais do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e de policiais do Batalhão Florestal da PM e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

A fábrica, na Avenida Mascarenhas de Morais s/no, ao lado do número 950, no bairro Figueira, em Duque de Caxias - recebia caminhões que eram, em geral, abastecidos na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) com combustível de boa qualidade. No terreno havia grande quantidade de gasolina infiltrada no solo, contaminando o lençol freático.Na fábrica clandestina, o combustível era então misturado, com solventes e amônia, sendo vendido depois em postos de combustíveis. No local foi detido um menor de 16 anos, testa de ferro do dono do estabelecimento, conhecido como "Seu Orlando".

O menor disse que recebia R$ 10mil por mês para administrar a fábrica. Nos fundos do terreno, havia outro terreno com tanques para armazenamento de 70 mil litros de água furtados da rede da Cedae. Segundo apuração policial, "Seu Orlando" é dono também de caminhões pipas.

- Isso aqui não é apenas um crime ambiental, mas um crime por furto de água e um crime contra o consumidor - afirmou o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que esteve no local. A operação foi promovida pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da SEA.

Após a adulteração do combustível, os caminhões eram lacrados, para simular a boa procedência do produto. Cerca de 30 lacres falsos foram apreendidos no local.

- Às vezes, com o lacre, alguns proprietários de postos de gasolina acabavam comprando, de boa fé, um produto adulterado - disse o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone.

Dois fiscais da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foram ao local para recolher amostras do combustível adulterado, para posterior análise. A DPMA abriu inquérito criminal, e está à procura do responsável pela fábrica, que deverá ser processado por crimes como poluição ambiental, falta de licença ambiental e furto de água



Fonte: "Jornal O Globo"

Nenhum comentário: