segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ação integrada entre Orgãos Estaduais e Federais

Uma ação integrada para diminuir os assaltos no Parque Nacional da Tijuca - fiscais da Secretaria Estadual do Ambiente, policiais militares e agentes do Ibama fazem operações para proteger os visitantes que passeiam no meio da mata. Desde 2005, as visitas ao parque diminuíram por causa da violência. Ontem o patrulhamento foi feito nos caminhos que levam à Pedra Bonita e à Pedra da Gávea.

A Pedra da Gávea é um dos locais mais visitados do Parque Nacional da Tijuca. Em um único fim de semana, chega a receber até 500 pessoas - trilheiros que se aventuram nos quase quatro quilômetros até o topo da pedra.

“É uma maravilha, muito bom. Vale a pena para quem gosta de exercício, integração com a natureza, é muito legal”, diz o químico João Carlos.

Elogios para a natureza, reclamação sobre a segurança no local. “De todas as vezes que eu subi, hoje foi a única em que eu vi policial na trilha. Realmente falta isso. Se fosse possível criar esse sistema de policiamento permanente, seria o ideal”, acredita administrador Frederico Barcelos.

No dia 4 de agosto, dez pessoas foram assaltadas na trilha. Os bandidos fugiram, levando objetos pessoais e dinheiro. “Já presenciei vários apertos de vários grupos subindo sem nada, sem carteira, sem celular, sem câmera digital, porque tinham sido assaltados”, conta o professor Leonardo Duarte.

Para dar mais segurança aos freqüentadores, a Secretaria Estadual do Ambiente, em parceria com o Ibama e o Batalhão Florestal, vão investir no policiamento ostensivo. No domingo, fiscais e policiais armados subiram a trilha. O objetivo é combater também os crimes ambientais e orientar os visitantes. Na subida, um casal foi advertido: cães não são bem-vindos.

“É um crime ambiental a presença de animais domésticos no parque”, alertou o fiscal.

“Nós não sabíamos”, admitiu o rapaz.

Depois de uma hora e meia de caminhada, chega-se à Praça da Bandeira, um espaço aberto no meio da mata, em que os policiais vão se concentrar.

É um local estratégico, o ponto de encontro das três trilhas que dão acesso ao topo da Pedra da Gávea. Segundo a Secretaria de Ambiente, com os policiais posicionados no lugar eles serão informados rapidamente quando acontecer algum assalto e terão agilidade para correr atrás dos bandidos.

“Fica mais difícil eles fugirem, ainda mais com as viaturas lá embaixo, fazendo o apoio”, afirma o coordenador da Secretaria Estadual do Ambiente, José Maria Padrone.

Além do reforço no policiamento, outras medidas devem ser tomadas. “Vamos ter câmeras ao longo da trilha em um futuro bem próximo. Pretendemos que, ao longo de um ano, esteja implantada uma guarita no começo da trilha e teremos monitores também ao longo da trilha, que possam fazer esse contato com os visitantes e alarmando, informando a fiscalização, a polícia quanto a qualquer ilícito que esteja acontecendo”, explica Bernardo Issa, chefe substituto do parque.

“É um bom lugar para o turista passear, conhecer. Podendo haver policiamento, é muito melhor”, comenta um freqüentador.

Ontem não houve registro de nenhum caso de assalto no Parque Nacional da Tijuca. A administração do parque informou que haverá continuidade do policiamento ostensivo mostrado na reportagem. Segundo a administração, as próximas áreas onde haverá ação integrada de patrulhamento não serão reveladas por motivo de segurança.


Fonte: RJTV On Line.

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