sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Blitz ecológica destrói carvoarias que desmatavam Mata Atlântica

Em blitz realizada no dia (31/10) pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais), da SEA (Secretaria de Estado do Ambiente), no município de Rio Bonito, foram destruídos 23 fornos que produziam carvão ilegal e 50 sacos de carvão que seriam vendidos irregularmente em mercados da região.
Os criminosos estavam desmatando áreas de Mata Atlântica junto à nascente do Rio Caceribu, para alimentar os fornos, além de provocar queimadas e destruir a mata ciliar de proteção das margens do rio – o principal do município.

Ninguém foi encontrado no local. Mas segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que participou da blitz, os proprietários e operadores foram identificados e serão enquadrados em cinco artigos da Lei de Crimes Ambientais (número 9605/98). Além de pagar multa, os criminosos serão obrigados a restaurar a mata suprimida.

Minc disse ainda que além dos proprietários das carvoarias, os donos das lojas que recebiam e vendiam o carvão ilegal também serão identificados e enquadrados na Lei de Crimes Ambientais. Além de multados, os responsáveis poderão ser condenados à pena de três meses a um ano de prisão.

A operação contou com dois helicópteros do GAM (Grupamento Aéro-Marítimo da Polícia Militar), com agentes do Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente, do IEF e da Cicca. Os helicópteros do GAM foram utilizados para sobrevoar a região e averiguar a prática ilegal da produção de carvão, além de possíveis focos de queimadas.

O coordenador da Cicca, José Mauricio Padrone, e agentes do órgão da SEA prepararam a operação sobrevoando e mapeando a região com GPS – constatando o crime ambiental praticado pelos carvoeiros. Foram dois meses de investigação até a realização da megaoperação de hoje.

A blitz constatou também a existência de mais 30 áreas com focos de queimadas. Segundo moradores da vizinhança, são vistos com freqüência focos de fogo no final das tardes. Minc disse que serão ampliadas a fiscalização e outras ações em defesa da região.

Segundo Minc, a falta de água que atingiu as regiões de Itaboraí, São Gonçalo e Niterói e as queimadas que vêm ocorrendo, por conta da estiagem prolongada, têm alguma relação com essas carvoarias ilegais. Esses fornos estavam localizados muito próximos da nascente do Rio Caceribu, destruindo o meio ambiente.

Minc disse ainda que algumas das queimadas criminosas na região, identificadas no início do mês, tiveram inicio a partir do fogo das carvoarias:

– Com a estiagem, qualquer fagulha é levada pelo vento, dando início a uma queimada e prejudicando o meio ambiente – disse.

Fonte: Secretaria do Ambiente
www.ambiente.rj.gov.br

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